quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Devemos treinar até a falha muscular?!

Ora bem, o treino de força exerce um papel importante na condição física geral, na performance desportiva, na reabilitação de lesões e no aumento de massa muscular. Tendo em conta as características individuais, a fase de treino e os objectivos a alcançar, existem diversos métodos que poderão ser aplicados no sentido da optimização de resultados e/ou melhoria da saúde.
Muitos acreditam que treinar até à falha é essencial na musculação nomeadamente quando o objectivo a atingir é hipertrofia. Sem dúvida que pode ser uma excelente opção aliada por exemplo ao método drop set, contudo, na aplicação dos métodos de treino é importante conhecê-los pormenorizadamente para que a prescrição de exercício seja efetuada em consciência, na pessoa e no momento adequado.
A forma desportiva é um processo dinâmico, com altos e baixos e períodos de estagnação. Quando um atleta se encontra num destes períodos de “plateau”, o treino até à falha pode ser muito vantajoso para fazer o corpo reagir e aumentar a sua capacidade. Poderá provocar uma maior libertação no organismo de hormona de crescimento e uma maior activação de unidades motoras o que se traduz em maiores ganhos de força e tamanho das fibras musculares.

Cientificamente falando, verificamos que em termos de protocolo que dever-se-á utilizar cargas elevadas para obter os melhores benefícios. Ou seja, treinar até à falha em protocolos de altas repetições e cargas leves não produzem o efeito desejado e portanto, um peso pesado deve ser levantado. Não obstante, o estudo acima referido conclui que não é um requisito a aplicação desta técnica no treino para que ocorram ganhos de força e hipertrofia.
Vantagens: continuar uma série até a falha é uma forma de exigir que todas as fibras disponíveis sejam recrutadas; no controlo do processo de treino e motivação, uma das formas de medir os progressos é a mudança do ponto em que a falha ocorre durante o treino.
Desvantagens: maior risco de “overtraining” (sobretreino) e de lesões nos ligamentos e tendões.
Concluindo, no processo de treino, a falha muscular, seja ela concêntrica, excêntrica ou isométrica, não é essencial para produzir um estímulo de crescimento. De salientar, a importância dos princípios e métodos de treino, da alimentação, suplementação e descanso na obtenção de bons resultados através do treino de musculação.